quarta-feira, 13 de agosto de 2014

SOLIDARIEDADE HUMANA

Existe um profundo e doloroso contraste no mundo atual. Quanto mais riquezas se produzem, mais pobres existem. Quanto mais fáceis os produtos de consumo no mercado, menor o poder aquisitivo do povo. Quanto mais  abundante os medicamentos e mais sofisticados os recursos médicos, menor o atendimento aos doentes e mais alarmantes as doenças.
Cresce dia a dia, o número dos criminosos, dos delinquentes, dos assaltantes, inquietando a paz e a tranquilidade  da sociedade. Todos nós vivemos em permanente estado de pânico. Diariamente, o noticiário dos jornais, do rádio e da televisão ocupa espaço e tempo, relatando os casos mais aberrantes e horrorosos.
É uma maldade institucionalizada e organizada desafiando o Congresso Nacional. Contrastes que cada dia mais cresce, mais se acentua, mais se desenvolve, porque falta a coordenada do amor e da solidariedade humana.
A ciência, o progresso, a riqueza, a eficiência tem aumentado os desníveis entre as classes, tornando os homens mais distantes um dos outros, dos seus problemas, das suas aflições, das suas angústias.
Quanto mais se fala em humanizar a sociedade, quando se prega tanto no amor que constrói e edifica, percebe-se que mais cresce o ódio, a violência, os conflitos de classe, os assaltos a mão armada, a criminalidade, por que o progresso e as riquezas desnudaram, desencarnaram o homem, a pessoa dos seus valores imanentes, eternos e soberanos. O homem tem valor, nessa sociedade de consumo, de produção, de eficiência, não pelo seu trabalho, por sua inteligência, por seus conhecimentos e culturas, mas simplesmente pelos bens que possui, pelas posições que ocupa, pelos privilégios políticos que desfruta, pelo poder que encerra em suas mãos.
Não é muito que este homem despersonificado, desnaturalizado, procurasse naturalizar-se pela conquista dos bens  de consumo, pelas riquezas, pouco importando os processos e recursos de aquisição. A  riqueza é um estopim. Para ela se volta os olhares da cobiça, da volúpia. O que foi adquirido sem amor não pode ser usufruído com amor. E sem amor não se constrói a paz social e a harmonia e convivência entre os povos. 
O sermão da montanha é a síntese de todos os valores humanos. Precisamos meditar e pedir a luz para construir um Congresso Nacional sem tatuagem, sem poder demoníaco, e sim, voltado para o maior objetivo de todo povo brasileiro que é o bem comum! 

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